Munir Salomâo, José Tadeu Tesseroli de Siqueira
A manutenção, ou a recuperação, do rebordo alveolar após a perda do dente tornou-se um dos principais objetivos do cirurgião-dentista quando visa a reabilitação do seu paciente através de implantes osteointegráveis. Ao longo dos últimos anos várias técnicas e materiais foram descritos para a realização da Regeneração Óssea Guiada (RGO), e a maioria tem em comum o fato de exigir o preenchimento do defeito ósseo, com enxertos ou materiais aloplásticos, e também de ser recoberto por um retalho para que haja cicatrização por primeira intenção. Esse tipo de cirurgia, mesmo em áreas pequenas, tem morbidade e o sucesso não ocorre em todos os casos. Por outro lado existem poucos estudos sobre barreiras expostas ao meio bucal e praticamente raros os estudos sobre barreiras expostas ao meio bucal que sejam removidas em poucos dias e que não exijam enxertos para preenchimento do alvéolo ou do defeito ósseo. Este artigo faz uma revisão rápida da literatura sobre o tema e apresenta o relato de um caso clínico em que houve extenso defeito ósseo pós-extração dentária. O defeito foi protegido por uma barreira regenerativa de polipropileno, deixada intencionalmente exposta ao meio bucal, e que foi removida uma semana após a cirurgia. Nenhum tipo de biomaterial foi usado para preencher o defeito a ser reparado, apenas sangue. Este relato mostra uma possibilidade na mudança de paradigma quanto à ROG, particularmente no que se refere à exposição ao meio bucal e à necessidade de enxertos. A viabilidade deste tipo de técnica, aliada à sua reduzida morbidade, abre novas perspectivas nessa área da …